quarta-feira, 19 de maio de 2010

Textos para trabalhar em sala... Olimpíadas da lingua portuguesa - Memórias literárias (6ª e 7ª série)


Parecida mas diferente
Zélia Gattai

O pai de Zélia Gattai costumava contar a história de como sua família havia vindo da Itália para o Brasil. Uma vez, quando ele narrava a viagem dos Gattai — que era o nome da família de seu pai —, Zélia, então menina, observou que Eugênio, seu avô materno, escutava atentamente. Então, pediu a ele que também contasse a história da família da mãe, os Da Col.
Vovô veio da Itália com toda a família, contratado como colono para colher café numa fazenda em Cândido Mota, em São Paulo. Nona Pina passou a viagem toda rezando, pedindo a Deus que permitisse chegarem com vida em terra. Tinha verdadeiro pavor de que um dos seus pudesse morrer em alto-mar e fosse atirado aos peixes. Carolina ressentiu-se muito da viagem, estranhou a alimentação pesada do navio, adoeceu, mas desembarcaram todos vivos no porto de Santos.

A família fora contratada por intermédio de compatriotas do Cadore, chegados antes ao Brasil. Diziam viver satisfeitos aqui e entusiasmavam os de lá através de cartas tentadoras: “Venham! O Brasil é a terra do futuro, a terra da ‘cucagna’... pagam bom dinheiro aos colonos, facilitam a viagem...”

Com os Da Col, no mesmo navio, viajaram outras famílias da região, todos na mesma esperança de vida melhor nesse país promissor. Viajaram já contratados, a subsistência garantida.

Em Santos, eram aguardados por gente da fazenda, para a qual foram transportados, comprimidos como gado num vagão de carga.

Ao chegar à fazenda, Eugênio Da Col deu-se conta, em seguida, de que não existia ali aquela “cucagna”, aquela fartura tão propalada. Tudo que ele idealizara não passava de fantasia; as informações recebidas não correspondiam à realidade: o que havia, isto sim, era trabalho árduo e estafante, começando antes do nascer do sol; homens e crianças cumpriam o mesmo horário de serviço. Colhiam café debaixo de sol ardente, os três filhos mais velhos os acompanhando, sob a vigilância de um capataz odioso. Vivendo em condições precárias, ganhavam o suficiente para não morrer de fome.

A escravidão já fora abolida no Brasil, havia tempos, mas nas fazendas de café seu ranço perdurava.

Notificados, certa vez, de que deviam reunir-se, à hora do almoço, para não perder tempo de trabalho, junto a uma frondosa árvore, ao chegar ao local marcado para o encontro os colonos se depararam com um quadro deprimente: um trabalhador negro amarrado à árvore. A princípio, Eugênio Da Col não entendeu nada do que estava acontecendo, nem do que ia acontecer, até divisar o capataz que vinha se chegando, chicote na mão. Seria possível, uma coisa daquelas? Tinham sido convocados, então, para assistir ao espancamento do homem? Não houve explicações. Para quê? Estava claro: os novatos deviam aprender como se comportar; quem não andasse na linha, não obedecesse cegamente ao capataz, receberia a mesma recompensa que o negro ia receber. Um exemplo para não ser esquecido.

O negro amarrado, suando, esperava a punição que não devia tardar; todos o fitavam, calados.

De repente, o capataz levantou o braço, a larga tira de couro no ar, pronta para o castigo. Então era aquilo mesmo? Revoltado, cego de indignação, o jovem colono Eugênio Da Col não resistiu; não seria ele quem presenciaria impassível ato tão covarde e selvagem.

Impossível conter-se!

Com um rápido salto, atirou-se sobre o carrasco, arrebatando-lhe o látego das mãos.

Apanhado de surpresa, diante da ousadia do italiano, perplexo, o capataz acovardou-se.

O chicote, sua arma, sua defesa a garantir-lhe a valentia, estava em poder do “carcamano”; valeria a pena reagir? Revoltado, fora de si, esbravejando contra o capataz em seu dialeto dos Montes Dolomitas, o rebelde pedia aos companheiros que se unissem para defender o negro. Todos o miravam calados. Será que não compreendiam suas palavras, seus gestos? Certamente sim, mas ninguém se atrevia a tomar uma atitude frontal de revolta. Católico convicto, ele fazia o que lhe ditava o coração, o que lhe aconselhavam os princípios cristãos...

De repente, como num passe de mágica, o negro viu-se livre das cordas que o prendiam à árvore. O capataz apavorou-se. Quem teria desatado os nós. Quem teria?

O topetudo não fora, estava ali em sua frente, gesticulando, gritando frases incompreensíveis, ameaçador, de chicote em punho... O melhor era desaparecer o quanto antes, rapidamente: “esses brutos poderiam reagir contra ele. A prudência mandava não facilitar”.

Nessa mesma tarde, a família Da Col foi posta na estrada, porteira trancada para “esses rebeldes imundos”. Estavam despedidos. Nem pagaram o que lhes deviam. “Precisavam ressarcir-se do custo do transporte de Santos até a fazenda...” E fim.

Pela estrada deserta e infinita, seguiu a família, levando as trouxas de roupas e alguns pertences que puderam carregar, além da honradez, da coragem e da fé em Deus.

Anarquistas, graças a Deus. 11ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1986.

Transplante de menina
Tatiana Belinky

[...] Depois do almoço, continuávamos o nosso turismo carioca. Papai e mamãe, mais o primo — feliz proprietário de uma “baratinha” — nos levavam, todos empilhados, a passear pela cidade do Rio de Janeiro. E foi assim que ficamos conhecendo o Morro da Urca e o Pão de Açúcar — ai, que emoção — pelo funicular, o “bondinho” pendurado entre aqueles enormes rochedos. E de onde se descortinava uma vista empolgante, só superada pela paisagem de tirar ainda mais o fôlego que se estendeu diante de nossos olhos, quando subimos — passageiros de outro trenzinho incrível, quase vertical — ao alto do Corcovado. Ali ainda não se erguia a estátua do Cristo Redentor, que é hoje o cartão-postal do Rio de Janeiro. Mas me parece que o panorama era, por estranho que pareça, bem mais “divino” ao natural, sem ela.
Fomos passear também na Gávea e na Avenida Niemeyer, ainda bastante deserta, e na Tijuca, com a sua floresta e a sua linda Cascatinha. “Cascatinha”, por sinal, era o nome da cerveja que papai tomava com muito gosto, enquanto nós, crianças, nos amarrávamos num refrigerante incrível que tinha o estranho nome de Guaraná.
Não deixamos de passear pelo centro da cidade, na elegantíssima Rua do Ouvidor, e na muito chique Cinelândia, em frente ao Teatro Municipal e suas escadarias, com seus bares e sorveterias na calçada. E, claro, na Avenida Rio Branco, reta, larga, e imponente, embicando no cais do porto, por onde chegamos ao Brasil pela primeira vez.
E foi nessa Avenida Rio Branco que tivemos a nossa primeira impressão — e que impressão! — do carnaval brasileiro. Eu já tinha ouvido falar em carnaval: na Europa, era famoso o carnaval de Nice, na França, com a sua decantada batalha de flores; e o carnaval de Veneza, mais exuberante, tradicional, com gente fantasiada e mascarada dançando e cantando nas ruas. E havia também os luxuosos, e acho que “comportados”, bailes de máscaras, em muitas capitais europeias. Eu já ouvira falar em fasching, carnevale, Mardi Gras — vagamente. Mas o que eu vi, o que nós vimos, no Rio de Janeiro, não se parecia com nada que eu pudesse sequer imaginar nos meus sonhos mais desvairados.
Aquelas multidões enchendo toda a avenida, aquele “corso” — o desfile interminável e lento de carros, para-choque com para-choque, capotas arriadas, apinhados de gente fantasiada e animadíssima. Todo aquele mundaréu de homens, mulheres, crianças, de todos os tipos, de todas as cores, de todos os trajes — todos dançando e cantando, pulando, saracoteando, jogando confetes e serpentinas que chegavam literalmente a entupir a rua e se enroscar nas rodas dos carros... E os lança-perfumes, que que é isso, minha gente! E os “cordões”, os “ranchos”, os “blocos de sujos” — e todo o mundo se comunicando, como se fossem velhos conhecidos, se tocando, brincando, flertando — era assim que se chamavam os namoricos fortuitos, a paquera da época —, tudo numa liberdade e descontração incríveis, especialmente para aqueles tempos tão recatados e comportados... Tanto que, ainda vários anos depois, uma marchinha carnavalesca falava, na sua letra alegremente escandalizada, da “moreninha querida... que anda sem meia em plena avenida”.
Ah, as marchinhas, as modinhas, as músicas de carnaval, maliciosas, buliçosas e engraçadas, algumas até com ferinas críticas políticas... E os ritmos, e os instrumentos — violões, cuícas (coisa nunca vista!), tamborins, reco-recos...
E finalmente, coroando tudo, as escolas de samba, e o desfile feérico dos enormes carros alegóricos das sociedades carnavalescas — coisa absolutamente inédita para nós — com seus nomes esquisitos, “Fenianos”, “Tenentes do Diabo” — cada qual mais imponente, mais fantástico, mais brilhante, mais deslumbrante, mais mirabolante — e, para mim, nada menos que acachapante!
E pensar que a gente não compreendia nem metade do que estava acontecendo! Todo aquele alarido, todas aquelas luzes, toda aquela agitação, toda aquela alegria desenfreada — tudo isso nos deixou literalmente embriagados e tontos de impressões e sensações, tão novas e tão fortes que nunca mais esqueci aqueles dias delirantes. Vi muitos carnavais depois daquele, participei mesmo de vários, e curti-os muito. Mas nada, nunca mais, se comparou com aquele primeiro carnaval no Rio de Janeiro, um banho de Brasil, inesquecível...
Transplante de menina. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2003.

Viver para contar
Gabriel García Marquez
Até a adolescência, a memória tem mais interesse no futuro que no passado, e por isso minhas lembranças da cidadezinha ainda não estavam idealizadas pela nostalgia. Eu me lembrava de como ela era: um bom lugar para se viver, onde todo mundo conhecia todo mundo, na beira de um rio de águas diáfanas que se precipitavam num leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos. Ao entardecer, sobretudo em dezembro, quando passavam as chuvas e o ar tornava-se de diamante, a Serra Nevada de Santa Marta parecia aproximar-se com seus picos brancos até as plantações de banana, lá na margem oposta. Dali dava para ver os índios aruhacos correndo feito formiguinhas enfileiradas pelos parapeitos da serra [...]. Nós, meninos, tínhamos então a ilusão de fazer bolas com as neves perpétuas e brincar de guerra nas ruas abrasadoras. Pois o calor era tão inverossímil, sobretudo durante a sesta, que os adultos se queixavam dele como se fosse uma surpresa a cada dia. Desde o meu nascimento ouvi repetir, sem descanso, que as vias do trem de ferro e os acampamentos da United Fruit Company foram construídos de noite, porque de dia era impossível pegar nas ferramentas aquecidas pelo sol.

Gabriel García Marquez. Viver para contar. Rio de Janeiro: Record, 2003.


Minha vida de menina
Helena Morley

Quarta-feira, 28 de agosto (de 1895).
Faço hoje quinze anos. Que aniversário triste!
Vovó chamou-me cedo, ansiada como está, coitadinha, e deu-me um vestido. Beijou-me e disse: “Sei que você vai ser sempre feliz, minha filhinha, e que nunca se esquecerá de sua avozinha que lhe quer tanto”. As lágrimas lhe correram pelo rosto abaixo e eu larguei dos braços dela e vim desengasgar-me aqui no meu quarto, chorando escondida.
Como eu sofro de ver que mesmo na cama, penando com está, vovó não se esquece de mim e de meus deveres e que eu não fui o que devia ter sido para ela! Mas juro por tudo, aqui nesta hora, que vovó melhorando eu serei um anjo para ela e me dedicarei a esta avozinha tão boa e que me quer tanto.
Vou agora entrar no quarto para vê-la e já sei o que ela vai me dizer: “Já estudou suas lições? Então vá se deitar, mas procure antes alguma coisa para comer. Vá com Deus”.
Minha vida de menina. São Paulo: Companhia das Letras, 1942.

 

  Mercador de escravos
Alberto da Costa e Silva

“Quando eu morei na Nigéria, ouvi de vários descendentes de ex-escravos retornados do Brasil que seus antepassados trouxeram consigo, um saquinho de ouro em pó. E que os menos afortunados desembarcavam em Lagos com os instrumentos de seu ofício e alguns rolos de tabaco, mantas de carne-seca e barriletes de cachaça, para com eles reiniciar a vida. É provável que tenha sido também assim, com seu contrabando de ouro ou o seu tanto de fumo e jeritiba, que alguns dos traficantes brasileiros instalados no golfo do Benin começaram os seus negócios.
Não foi este, porém, ao que parece, o caso de Francisco Félix de Souza. A menos que estivesse mentindo, quando disse ao reverendo Thomas Birch Freeman que chegara à Costa sem um tostão e que foram de indigência os seus primeiros dias africanos - confissão corroborada por um parágrafo de Theophilus Conneau, no qual se afirma que Francisco Félix começou a carreira a sofrer privações e toda a sorte de problemas. Outro contemporâneo, o comandante Frederick E. Forbes, foi menos enfático, porém claro: Francisco Félix era um homem pobre, quando desceu na África.
Que ele tenha, de início, como declarou, conseguido sobreviver com os búzios que furtava dos santuários dos deuses, não é de estranhar-se. Os alimentos eram muito baratos naquela parte do litoral. Numa das numerosíssimas barracas cobertas de palha do grande mercado de Ajudá, recebia-se da vendedora, abrigada sob o teto de palha ou sentada num tamborete atrás do trempe com seu tacho quente, um naco de carne salpicado de malagueta contra dois ou três cauris. Custava outro tanto um bocado de inhame, semienvolto num pedaço de folha de bananeira e encimado por lascas de peixe seco. E talvez se obtivesse por uma só conchinha um acará.
Francisco Félix de Souza, mercador de escravos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. Editora da UERJ, 2004.


Por parte de pai
(Oficina 3)

Bartolomeu Campos Queirós

Minha cama ficava no fundo do quarto. Pelas frestas da janela soprava um vento resmungando, cochichando, esfriando meus pensamentos, anunciando fantasmas. As roupas, dependuradas em cabides na parede, se transfiguravam em monstros e sombras. Deitado, enrolado, parado imóvel, eu lia recado em cada mancha, em cada dobra, em cada sinal. O barulho do colchão de palha me arranhava. O escuro apertava minha garganta, roubava meu ar. O fio da luz terminava amarrado na cabeceira do catre. O medo assim maior do que o quarto me levava a apertar a pera de galalite e acender a luz, enfeitada com papel crepom. O claro me devolvia as coisas em seus tamanhos verdadeiros. O nariz do monstro era o cabo do guarda-chuva, o rabo do demônio o cinto do meu avô, o gigante, a capa “Ideal” cinza para os dias de chuva e frio. Então, procurava distrair meu pavor decifrando os escritos na parede, no canto da cama, tão perto de mim. Mas era minha a dificuldade de acomodar as coisas dentro de mim. Sobrava sempre um pedaço...
Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995.

 



 

terça-feira, 4 de maio de 2010

Olimpíadas da Língua Portuguesa - Escrevendo o futuro!!!!

Olimpíada de Língua
Portuguesa Escrevendo
o Futuro

A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, realizada pelo
Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do
Cenpec – Centro de Estudo e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária,
desenvolve ações de formação de professores, com o objetivo de contribuir para ampliação do conhecimento e aprimoramento do ensino da escrita. Uma das
estratégias é a realização de um concurso de produção de textos que premia
poemas, memórias literárias, crônicas e artigos de opinião elaborados por alunos
de escolas públicas de todo o país.

 

Tema: “O lugar onde vivo”

Com o tema "O lugar onde vivo", a Olimpíada valoriza a interação das crianças e
jovens com o meio em que vivem. Ao desenvolver os textos, o aluno resgata
histórias, aprofunda o conhecimento sobre sua realidade e estreita vínculos com
a comunidade.

Premiação

Confira a premiação de cada etapa.

Etapa Estadual
Prêmios para professores e seus alunos autores dos 500 textos finalistas
selecionados:
Professor: medalha e livros;
Aluno: medalha e livros.

Etapa Regional

Prêmios para professores e seus alunos autores dos 152 textos selecionados:
Professor: medalha e aparelho de som portátil;
Aluno: medalha e aparelho de som portátil;
Escola: placa de homenagem.

Etapa Nacional

Prêmios para professores e seus alunos autores dos 20 textos selecionados:
Professor: medalha, microcomputador e impressora;
Aluno: medalha, microcomputador e impressora;
Escola: 10 microcomputadores, uma impressora e livros para a biblioteca.

sábado, 24 de abril de 2010

Poema - Casa Brasileira - 5ªA e 5ªE

A casa era uma casa brasileira, sim
Mangueiras no quintal e rosas no jardim
A sala com o cristo e a cristaleira
E sobre a geladeira da cozinha um pinguim

A casa era uma casa brasileira, sim
Um pouco portuguesa, um pouco pixaim
Toalhas lá da ilha da madeira
E atrás da porta arruda e uma figa de marfim

A casa era assim ou quase
A casa já não está mais lá
Está dentro de mim
Cantar me lembra o cheiro de jardim

A coisa é a coisa brasileira, sim
O jeito, a maneira, a identidade enfim
E a televisão, essa lareira
Queimando o dia inteiro a raiz que existe em mim

A casa era assim
Um pouco portuguesa e pixaim

quinta-feira, 18 de março de 2010

Atividades para semana de rodízio 5ªA e E (22/03 À 29/03)




Atividades para semana de rodízio  5ªA e E (22/03 À 01/04). Fazer as atividades em folha de almaço.
Cronograma:
  • Ler O Texto " Como ler bem"
  • Leia a fábula e responda às questões sobre a mesma.
  • Pesquise na internet ou em livros didáticos uma fábula do seu gosto, leia e leve para ser apresentada para a classe sua leitura.
  • Responder ao roteiro de leitura da fábula escolhida para apresentação
  • Produzir ou reescrever uma nova fábula.
1º Leia a Fábula :

                              O Leão, o Asno, e a Raposa 
Um Leão, um Asno, e uma Raposa, que caçavam juntos, conseguiram capturar uma grande quantidade de caça. Então ao Asno foi pedido que fizesse a partilha de tudo. Com muito jeito e delicadeza ele dividiu tudo em partes iguais. 
A Raposa ficou satisfeita com a divisão, mas o Leão, furioso pulou sobre ele, e com um golpe certeiro de sua forte pata, o jogou inerte sobre a pilha dos animais que jaziam amontoados no chão. Então ele se voltou para a Raposa e rosnou:
- Agora é a sua vez de fazer a divisão!
A Raposa não perdeu tempo falando. Rapidamente empilhou toda caça em apenas um grande monte. Para si mesmo, ela retirou uma pequena parte, na verdade apenas os pedaços indesejáveis dos outros animais, tais como, os chifres e cascos de uma Cabra selvagem, e o rabo de um Boi.O Leão, agora bem humorado, gentilmente lhe pergunta:
- Quem te ensinou a fazer uma divisão tão justa e sensata como esta? 
- Eu aprendi a lição com o Asno, cautelosamente respondeu a raposa, enquanto se afastava do local levando na boca o seu quinhão. 
Moral da História: “Sábio é aquele capaz de aprender a partir do infortúnio dos outros” Autor: Esopo

Entendimento da leitura: ( Responder na folha de almaço)
1.     O Leão, durante a partilha, se mostra compreensivo e justo com seus amigos?
2.     Em sua opinião, por que motivo o Asno resolveu dividir a caça em partes iguais?
3.     Entre o grupo, havia imparcialidade na tomada das decisões?
4.     Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?
2º Pesquise na internet ou em livros didáticos uma fábula do seu gosto, leia, copie ou cole na folha de almaço e leve para ser apresentada para a classe sua leitura.

3º Responda ao seguinte roteiro de leitura: ( Sobre a fábula que você escolheu)

A-  O que está sendo narrado ? (O quê ?)
B-  Quando o fato aconteceu? (Quando?)
C-  Onde o fato se deu? (Onde ?)
D- Quem participou ou observou o ocorrido (Com quem ?)
E - Motivo que determinou a ocorrência (Por quê ?)

Boa leitura!
Lembrem-se:
"A leitura é fundamental para adquirir pensamento, compreensão e vocabulário". (Bindes Fá)
Podem mandar as perguntas via e-mail também.
BJS e até dia 29♥



Atividade Para semana de rodízio da 8ªA (22/03 à 01/04)

Atividades para semana de rodízio  8ªA (22/03 À 01/04). Fazer as atividades em folha de almaço.
Cronograma:
1º Ler O Texto " Como ler bem"
2º Retirar do texto “Como ler bem?”3 dicas que julgar importante e justificar 
3º Ler o artigo " A ciencia explica o aborrecente"
4º Responder ao roteiro de leitura do artigo




A ciência explica o aborrecente
A moçada briga, chuta a porta,
bate boca com os pais e grita sem motivo?
Tudo bem. A culpa é do cérebro deles,
que ainda está em fase de formação

Sempre se pensou que a culpa era do vulcão de hormônios colocado em ebulição pelo processo de crescimento. Ou da angústia existencial própria de uma época de transição. Há agora uma nova explicação: o que se passa na cabeça dos adolescentes é, por assim dizer, conseqüência do que se passa na cabeça deles. A garotada nem se ajustou direito às mudanças causadas em seu corpo pela puberdade e o cérebro também começa a mudar. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que ao chegar à adolescência o cérebro já estivesse completamente formado. Pesquisas recentes revelam que, ao contrário, nessa fase se inicia um processo de rearranjo dos neurônios tão intenso como aquele que aconteceu nos primeiros anos da infância. As áreas onde ocorrem as maiores transformações são justamente aquelas ligadas às emoções, ao discernimento e ao autocontrole. Essa é uma boa explicação científica para o comportamento tão impulsivo e temperamental dos teens. "Algumas áreas da estrutura cerebral só vão estar inteiramente maduras depois dos 20 anos", diz o psiquiatra Fábio Barbirato, da Santa Casa do Rio de Janeiro.


Região Parietal
Responsável pela atenção e noção de espaço

Atinge a maturidade aos 16 anos
Região Frontal
Responsável pelo autocontrole, pela capacidade de discernimento e pelo humor
Atinge a maturidade aos 20 anos
Durante a adolescência, dois fenômenos acontecem no cérebro. Assim como nos bebês de 1 ano e meio, pipocam novas conexões entre os neurônios (as sinapses). Algumas áreas passam por grandes mudanças estruturais. A mais significativa acontece nos lobos frontais, área responsável pelo autocontrole e pelo senso de organização e de planejamento. Lá ocorre uma espécie de faxina nas sinapses feitas entre os neurônios durante toda a infância. No decorrer do processo, a região dá uma encolhida, num fenômeno conhecido entre os especialistas como "poda". "É como se o cérebro sentisse, por volta da puberdade, que as velhas conexões são inúteis e que há necessidade de abrir espaço para outras, muito mais importantes, a ser feitas na idade adulta", explica o psiquiatra Jorge Alberto da Costa e Silva, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Outras partes do cérebro estão a mil. Uma delas é o sistema límbico, centro de processamento das emoções, como a raiva, que trabalha de forma exuberante. No adulto, essa área funciona de forma mais comedida.


Sistema Límbico
Responsável pelas emoções, como a raiva
Atinge a maturidade aos 20 anos
Região Temporal
Responsável pela memória

Atinge a maturidade aos 16 anos
A imaturidade de certas áreas talvez explique por que as regiões do cérebro usadas pelos adolescentes são diferentes das utilizadas pelos adultos para as mesmas tarefas. Não se conhece muito bem o mecanismo, mas estudos mostram que os jovens podem interpretar certas coisas diversamente dos adultos – uma expressão facial de medo pode ser confundida com escárnio, por exemplo. Na adolescência, o cérebro desenvolve a capacidade de planejar, organizar, controlar as emoções, entender os outros, fazer julgamentos e até decifrar a lógica matemática. A parte boa é que a cabeça está completamente aberta a novos conhecimentos. Quem tirar proveito disso terá um cérebro mais esperto quando for adulto.


Fonte: http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_076.html

Roteiro de leitura:
1 - Qual o TEMA ( tema = assunto) do artigo?
2-Quem é o público - alvo desse tipo de artigo?
3-  Qual é o ponto de vista defendido pelo autor do artigo?
4- Que argumentos ele utiliza para defender seu ponto de vista?
5 - Você concorda com a opinião do autor? Justifique sua resposta.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

COMO LER BEM!!! Para as turmas (5A, 5E,6A ,7A,7B,7C,7D,8A)

Atividades de leitura e produção de texto para semana de rodízio 


1° Ler o Texto 'Como ler bem'(Abaixo); (5A, 5E, 6A,7A,7B,7C,7D,8A)
2°Retirar do texto três dicas que julgar mais importante para uma boa leitura e justificar;(6A,7A,7B,7C,7D,8A)
 3° Ler a letra da música 'Vilarejo' e produzir um texto que exprima sua opinião sobre a letra. O que você achou da letra? O que é importante? Qual a relação da música com a atualidade? Etc.(APENAS PARA 7A,7B,7C,7D)

Link para letra da música:

Link para vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=u8M8lBTXxik
Boa Leitura!!!!!!



O texto abaixo nos dá uma dica sobre como fazer uma boa leitura!!!!

COMO LER BEM?

"Ler um livro é estabelecer um diálogo animado pelo desejo de compreender. Nossa leitura deve ser governada por um princípio fundamental de respeito à voz que nos fala no livro. Não temos o direito de desprezar um livro só porque contradiz nossas convicções, como também não devemos elogiá-lo incondicionalmente se estiver de acordo com elas". (Prof. Armando Zubizarreta).
 
Qualquer leitor, portanto, tem como primeiro desafio o de estar pronto para ler: disposto a aprender e aproveitar a leitura. Mesmo em caso de tratar-se, à primeira vista, de mera tarefa e não de algo que possa lhe dar prazer. Essa preparação exige dois pré-requisitos: prestar atenção   e   evitar   a   avidez.   Devorar   centenas   de   páginas   não   leva   a   nada. 
Você vai ler? Saiba então que a compreensão de um texto exige mais do que o simples correr dos olhos sobre as letras. Comece por escolher um local tranquilo, confortável, bem iluminado. E não se apavore em caso de não conseguir entender tudo de imediato. A compreensão depende do nível cultural do leitor, que vai se ampliando a cada nova leitura ou releitura. Recomenda-se, em geral, que não se passe ao parágrafo seguinte sem ter entendido bem o anterior. Isso você pode conseguir, voltando e relendo o trecho quantas vezes forem necessárias e, se preciso, recorrendo a dicionários e enciclopédias. No entanto, não se deve interromper demais a leitura. 
Por isso, conforme-se em aprender o significado geral, sabendo que,   com   o   hábito   de   ler,   essa   tarefa   vai   ficar   cada   vez   mais   fácil. Lembre-se sempre que um mínimo de disciplina é indispensável ao leitor que quer ou precisa aprender. A leitura, para ser mais produtiva, pode ser dividida em fases:
   »   Faça um reconhecimento do texto para saber de que assunto trata. Mesmo no caso de romance é bom ter uma ideia do tema central.
    »     Procure isolar as informações principais. Para isso, é bom sublinhar ou assinalar passagens.
   »   Ao encontrar expressões especializadas, (de medicina, direito, etc.) procure conhecer e anotar seus significados. Assim, além de aumentar seu vocabulário, você conseguirá uma correta interpretação de sua leitura.
    »     Procure separar os fatos, das interpretações que deles faz o autor. Retome as
informações essenciais que foram isoladas anteriormente, para saber que relações existem entre elas.

É isso ai!!!






terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Bem-Vindos!

Alunos da escola Marechal do Ar!

Reforma na escola. Uma ótima oportunidade pra utilizarmos esse belo recurso que é a internet. Comentários, referências, sugestões, tudo isso é muito bem- vindo! 

Dúvidas, sugestões, textos e etc poderão ser enviadas também para nosso e-mail : leitoresemrede@hotmail.com

Bom começo de ano letivo a todos, que esse ano possamos ter experiências diferentes em relação aos estudos!

BJS♥
Professora Cláudia